"roubei corações que não me couberam no peito." Guilherme Antunes |
Cumpre ao que ama depositar seus inteiros nos braços da amada, confiando possibilidades aos hábeis tecelões em que nomeamos destino. Cabem aos que amam despedir medos de semente em não se saber um dia raiz. Solicita o amor as interiores habilidades de despertencimento e desapegos. Pede o bem-querer a prontidão de luz que em nós se distraiu; porque somos os inevitáveis servos dos encantamentos que traz a vida, quando nos atravessa com nomes e os cheiros do outro. Curvando espírito em gratidão, bebemos todos das bençãos no rio do tempo. Devedores dos frutos que colhemos, o amor é o real credor dos nossos perfumes.
Guilherme Antunes
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