terça-feira, 24 de novembro de 2020

“Ela tem essa pose de “nada me abala”, mas no fundo, bem lá no fundo, ela é tão mole quanto uma gelatina, tão doce quanto um pote cheio de mel e tão delicada quanto a pétala de uma rosa.” — ____________________________________________ Stephani Ignatti.

Ela é baixinha e meiga. Te cobre os cantos do rosto com as mãos e beija com ternura. Ela é um tanto rabugenta, é teimosa e caprichosa. Ela é do tipo que gosta de fingir que tem tudo controlado. Ela gosta de pequenas loucuras e de pedir com jeitinho. Ela se faz de durona, mas secretamente é doce e sonhadora. Ela no fundo acredita em fadas, duendes e sereias. Eu sei. Ela quase nunca fala sobre seus sentimentos, tem medo do incerto. Ela procura sempre caminhar com a sinceridade, mas está longe de ser perfeita. Ela sempre espera com carinho, risos e cheirinho de lar. Ela é um tipo de lar, te faz sentir assim. Ela chora vendo filmes românticos e com livros também, mas diz que não é romântica.Ela gosta de flores, coisas simples e de animais, menos sapos. Ela dá gargalhadas até chorar, e chora até sorrir novamente. Ela aprendeu a cuidar sozinha dos próprios machucados, mas sabe como é bom ter alguém do lado com quem dividir. Ela sabe que é bom ser forte, mas continua sensível. Ela brinca feito criança e seus sorrisos se espalham na sua pele que é dominada por essa vibração. Ela gosta de olhar a lua e pensar coisas bonitas. Ela gostaria de ser protagonista de algo, gosta de chá e de chuva. Ela é uma boa pessoa, vezes é um tanto malvada. Ela se faz de difícil, gosta quando peço com carinho um beijo seu. Ela não tem ideia do estranha, rara e especial que é.”


quarta-feira, 11 de novembro de 2020

"Ela tinha ímpeto de desaparecer, virar espuma, vento, soprar longe. Tinha gana de desligar os telefones, o interfone, desligar-se. Sentia falta de rir sozinha lendo seus livros, acender incenso tomando banho quente, andar pela casa com sua camiseta, descalça, distraída, relaxada, ver seus filmes antigos tomando café forte, queria sua companhia de volta, não definitivamente (solidão nunca a seduziu), pois amava estar com os seus. Gostava de ser acolhida, mimada, mas algumas vezes, um filme, um café, pés descalços, lhe bastava." ___________________________ Renata Fagundes


Menina dos olhos cintilantes, que sorri para o dia de sol e para as flores que brotam sem pedir licença. Feminina, encantadora e apaixonada; pelos outros, pela vida ou por qualquer coisa que simplesmente – como se fosse pouco – faça bem a ela. Ela não costuma admitir, mas adora sentir-se acolhida. O que para os outros pode soar como pieguice, para ela é delicadeza, e uma linda parcela de amor. Sabe viver o presente sem se preocupar com os medos do futuro, porém, muitas vezes, oculta as suas vulnerabilidades para proteger asua sensibilidade à flor da pele. “Como existem pessoas que não gostam de carinho?”, “Por que elas escondem tanto o que sentem?”, – se questiona, deitada em sua cama e olhando para o branco do teto, que, tempos atrás, era repleto de estrelas e planetas fluorescentes colados. Se entregar? Só se for de corpo e alma.  Prefere sentimento sincero. Quer ser Companheira, solidária e munida de sinceras gentilezas, ela se adapta às situações, mantém a calma, mesmo perto de quem desvaloriza a sua veia sonhadora. Mas, quando sozinha, se esconde na sua concha e sorri por saber que os sonhos são, e sempre serão, os seus melhores amigos.

Fred Elboni