Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. A moça...ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Ela espera por alguém que venha lhe curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos golpes baixos que a vida lhe deu e lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para conseguir ter o melhor em seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.
-- Caio Fernando de Abreu.
-- Caio Fernando de Abreu.
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