domingo, 12 de junho de 2022

Amar é estar disponível ao encontro dos vazios. Não há completude que dê conta.

Amar é estar disponível ao encontro dos vazios. Não há completude que dê conta. Numa relação amorosa corre-se o risco de querer tamponar o vazio do outro, de manter um vínculo de afeto na ordem da completude ou de se colocar como objeto do desejo do outro. Amar requer o saber-se incompleto. Na esfera da completude não há desejos, porquês e amor. Somos ao redor de um vazio. Assumir isso possibilita a invenção de novas formas de amar. Caso contrário, continuará no jogo do faz de conta: eu te preencho e você me preenche.


Dagmar Castro

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