quinta-feira, 9 de junho de 2022

E pensar que tudo pode partir de uma confusão de ideias embaralhadas pela presença constante e exagerada do outro em nossas cabeças. E pensar que, às vezes, nos pegamos achando que esse é o tipo de coisa que só acontece com as outras pessoas. E pensar que várias vezes damos voltas incríveis para conseguir falar o que o corpo e os olhos já cansaram de dizer. _______________ Gustavo Lacombe

                       Uma garota só precisa de um garoto que possa 

                        ser homem o bastante para prová-la que 

                                   nem todos os homens são iguais.

Marilyn Monroe


Eu sempre tive um coração meio mole. Ensaiava cartinhas de amor num diário trancado à chave. Sempre fui a menina romântica; a namoradinha do CD com trilha sonora. Cresci, sorri, sofri e confesso que persisti. Amadureci, é claro, mas acho que não endureci. Insisto na ideia de me entregar ao amor e a paixão porque no fim das contas, dando certo ou não, gosto de afeto. (...) A verdade é que gostar de alguém sempre me fez bem. Sempre fiquei mais inspirada, animada e encantada pela vida nos momentos em que minha afeição tinha direção.(...) afeto é um grande indicativo de humanidade e até onde eu sei sentimento ainda não é um defeito de fabricação. (...) Eu me recuso a encarar a frieza como uma vantagem. Me recuso a chamar de trouxas aqueles que assim como eu não se dão muito bem com a mecanização das relações. Me recuso a nutrir qualquer admiração especial por aqueles que têm a capacidade de “pegar sem se apegar” como se isso fosse algum indicativo de autossuficiência, boa autoestima ou amor próprio. É preciso entender que as pessoas são complexas demais e que reprimir sentimentos como se eles fossem um sinal de fraqueza é um grande desrespeito à personalidade encantadora daqueles que mesmo em meio a tanta frieza, têm corações persistentes nas delícias da paixão. É preciso respeitar a afeição.


Eduarda Costa


Nenhum comentário:

Postar um comentário