segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

"Quero apenas o tempo de perceber em teus olhos que um dia fui resposta." _________________________ (Dan Cezar)

Antes, já tinha deitado minha voz no silêncio.
 Agora, calo as mãos.
 Palavras valem a pena se nos
 esperam encantamentos.
Mia Couto.
Hoje eu acordei pensando em você. Grande novidade. Mas acordei pensando em algo diferente do mesmo clichê de sempre, entre aquela grande questão sobre te ter ou te perder. Hoje eu acordei pensando nos teus sinais. Me deparei com a constatação de que, de você, nada tenho. São só sinais de difícil compreensão ou sinais que eu tenho inventado. Se o certo for a primeira opção, bem, não me faço de rogada. Mostro cada vez mais o quanto eu quero ser alguém pra ti. E me dedico a estudar teus sopros, teus anseios e tuas respostas. Me coloco num jogo de menina ansiosa, criança em véspera de natal na tentativa de poder enxergar em cada palavra sua um pedido de companhia. Porém, Meu Bem… Se a opção certa for a minha construção idealizada de sinais para alimentar esse drama, admito minha encruzilhada. O meu lado pessimista diz que essa é a verdadeira face da história. E eu não me surpreenderia em me enganar mais uma vez com sinais inexistentes. O curioso é que eu não me importo. Sempre fui auto-suficiente. Romances e ficções de cabeceira me bastaram. Mas, pela primeira vez em muito tempo, eu estou decidida a abrir mão de ser tão minha. E, se for de acordo, faço disso o melhor motivo pra ser tão sua.


Daniel Bovolento- Adaptado

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