Matando Saudades... Rafaela / jan 2016 |
e que não se vive de expectativa,que o voo exige os pés plantados, que os minutos não passam atropelados,que o próprio sonho se impõe medidas; e que o encontro se segue às despedidas,que todas as voltas também são idas, que o mistério se esconde às claras,que daquilo que parte ficam aparas; e que nada que se sente tem sentido,que o medo é soluço contido, que o choro é poesia vazada,que a loucura é razão disfarçada; e que o amor é sempre madrugada,que os beijos são estrelas cadentes, que nos olhos acontecem poentes,que os eclipses vêm dos abraços; e que as letras surgem dos traços,que o fruto está na semente, que o futuro aguarda o presente,que tudo é quietude somente...
Renata Aragão
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