quarta-feira, 1 de julho de 2015

(...) "Não sou indiferente a nada que afeta o amor, a nada que o doa! A minha escolha é ir com ele! Aonde quer que me leve..." ________________________ (Karla Fioravante)

“Ela é um abismo, poucos se arriscam.”

Eu já sabia
Escritores renomados, mestres da Literatura Mundial, estudiosos, pessoas do meu convívio, todos nós já tentamos entender, expressar e até sentir o amor na essência. De todas as formas, em todos os tempos, providos de todas as esperanças possíveis (e impossíveis). Somos humanos e acreditamos que o amor sempre será sinônimo de possibilidade. Eu não me atreveria – e nem quero – duvidar do que já li, vivi e de tudo o que me contaram até hoje. Acredito tanto, que resolvi, ao meu modo, mergulhar expostamente naquilo que eu entendo como sendo amor. Sem dúvidas, ele foi feito para os desavisados, os dispersos, os distraídos. Quem não procura, por ele é encontrado. O amor, minha gente, se veste melhor daqueles que administram – de forma madura – seus conflitos (os internos, principalmente), que não vivem com pena de si, que enxergam humor e encantamento diante da vida, mesmo que para isso sejam necessárias algumas rasteiras, porque ele também é aprendizado. Enfrentamento. Amamos suas variáveis, o cheiro e a inteireza dele. O amor é o que transforma, é o que reluz, é tudo que soma e nos torna melhores. É um sentir que contorna os dias de forma mais leve, é uma via de mão dupla, reciprocidade, no sentido pleno da palavra. É compreensão, entendimento e o melhor medicamento que já inventaram para a felicidade. O amor salva. E ele mata também. Mas, que bom morrer de amor e continuar vivendo, como bem dizia Quintana. Amor é reconciliação, serenidade, paciência, simplicidade e delicadeza. É uma constante, um mistério que tento extrair nas obras de Drummond, de Adélia Prado, de Cora Coralina, de Fernando Pessoa, de Clarice Lispector e de tantos outros que amam/amaram na mesma vastidão que escrevem/escreveram sobre ele. Amor é aquele lugar bom que a gente quer voltar todos os dias, uma vida inteira, se possível. É o que nos amadurece, é aquele sentimento que renova nossas forças, é o que se estende, porque o amor de verdade não tem prazo de validade. Mesmo quando entorta na curva, mesmo assim, ele nos ensina o caminho do recomeço. Amor também é fechar ciclos, e dar pontos finais, porque a vida é movimento. Aos que dizem que ele é uma bobagem, que ele não existe, senão em filmes de comédia romântica, é para vocês que escrevo e ainda lhes peço: O amor é o sentimento mais bonito de que já tive notícias. Por favor, não abram mão – nem sob tortura – de desacreditarem nisso.

Bibiana Benites

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