O amor também é um buquê de silêncios suspirados por uma mulher. |
Muitas vezes Maria pega na mão do vento e mostra em que direção ele deve seguir. Somente pra ela, o vendaval reclama do sufoco dos grandes desertos, da frieza oracular das grandes montanhas, das desesperadas geleiras com dor nos flancos brancos. Maria aconselha ao vento repousar em terras menos molhadas e mais amenas. Lhe oferece as hélices das árvores frondosas e de imensas cabeleiras de arco-íris sob o sol tropical. O vento sorri sacudindo as nuvens. Maria e o vento namoram. São alquimistas de perfumes das coisas. E só.
Fernando Coelho
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