segunda-feira, 7 de março de 2016

E quanto a você meu amigo galvanizado, você quer um coração, não sabe como tem sorte por não ter um. Corações nunca serão práticos até que inventem um inquebrável. __________________________ O Mágico de Oz

O Estado De Espírito Em Que Você Adormece
Determina O Seu Amanhã.
Joseph Murphy
Ele tinha os pés na estrada, menino-homem-pássaro, era aficionado por abismos. Tinha um par de asas que buscavam sempre novos ventos, novas paisagens, novas passagens. Sofria por ser grande, aprendera com Manoel de Barros a importância das coisas insignificantes. Sonhava com passarinhos e girassóis. Às vezes era azul. De vez em quando era pedra, mas na maioria dos dias, flor. Chovia por dentro quase todas as noites, mas não tinha medo do sal. Cultivava um arco (na) íris. Sorria sempre que podia: sol-riso. Iluminava, embora gostasse do escuro. Era transparente e misterioso, chegava a ser estranho, mas era simples. Tinha percepção aguçada para borboletas e era devoto do amarelo.Tinha saudade e afeto ilimitados. E uma angústia sem nome que o consumia. Cantava, ainda que desafinado. Um dia leu um poema sobre a Pasárgada e foi embora "ser amigo do rei". Desde então começou a ter febres e só melhorava quando escrevia. Dizem por aí que perdeu a razão, pegou doença de doido. Acho que foi mordida de poesia. In-felizmente, não há cura.



(Wendel Valadares)







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