quinta-feira, 11 de junho de 2015

"Palavras soltas ao vento, mal da tempo de sentir... no brilho do sol ou no encanto da lua, frases a ruir, como terra, como pó... tenho dó. Quero letras fazendo pouso em mim" ___________________________ | Dulce Miller |

O céu que me apaixona os olhos traz
uma nostalgia não vivida.
Uma prece que os dias corram devagar e
 que corramos juntos em direção aos nossos sonhos.

Mel
Parecia tão pouco, mas era tudo e mais um tantão que não cabe aqui...Ela só queria um pedacinho de céu pra chamar de seu, cuidar e cultivar como um jardim iluminado de estrelas a brilhar e trilhar pelo caminho, por onde ela fosse. Seria carinho, amizade, e tudo que de melhor coubesse numa canção ou quem sabe, numa oração. Mas no caminhar do destino ela descobriu que o seu pedacinho de céu tão amado era terra de ninguém... ela não sabia como arar, nem como adubo colocar para dele cuidar. E quando o céu se transforma em terra, o melhor a fazer é olhar para o horizonte numa busca constante, sem medo do que virá. Pois é certo que virá. Então hoje ela falava sobre o tempo com o espelho, mas ele replicou suas ideias e seu descontrole, disse que não se pode esperar pelo que nunca chegará, nem por pensamento, muito menos com sentimento. Ela acreditou em tudo que ouviu, a consciência consentiu e ela se permitiu somente ser, sem jamais (nunca mais) pensar em ter. Nem céu, nem inferno, muito menos terra de ninguém. Só precisava de tempo e este sim, era amigo dela. E falando em tempo, indagava... "meu Deus ontem mesmo era Natal, era Carnaval, a Páscoa já se foi... e agora já estamos praticamente no meio do ano... até quando vou olhar para o céu e pensar no pedacinho que nunca existiu além dos descaminhos do meu coração? Será que tudo, tudo mesmo, foi em vão?" 

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