Curioso, esse ser, humano, e sua diária e pequena solidão. Solidão preenchida por insanos momentos de reclusão. Ou serão momentos sãos? Um momento para chamar de seu. Nele repousam inquietações. Ou seriam, reflexões? O que foi feito daquele sonho. O que será daquele anseio. Onde foi parar meu coração. Naquela canção? Como era mesmo o refrão? Tudo um dia será esquecido? Virei solidão? Desilusão? Estarei eu na contramão? Quem abrirá mão do desejo quando tanto bem se quis? Foi por um triz que não fiz o que sempre quis. Quis com você, quis pouco ou pouco te quis? Nada faz sentido quando se está só. Quando sorrateiro arrasta-se o silêncio pelas paredes, e soleiras, desconsiderando as eiras e as beiras e enxergar minha derradeira condição? Continuo aqui, e cada um vai por aí. Entre seus livros, seus discos, seus programas de televisão, sem saber que aquele rosto ainda traz, tanta, paixão.
Be Lins
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