quinta-feira, 3 de novembro de 2016

"Se procurar bem você acaba encontrando. Não a explicação (duvidosa) da vida, Mas a poesia (inexplicável) da vida.” _________________________ Carlos Drummond de Andrade

Não tem graça falar sobre homens, todo mundo sabe o que eles pensam e desejam, basta uma boa televisão e sexo para se construir um casamento feliz com um macho humano. A mulher, sim, traz consigo a incompreensão, o seu amor é um mistério até pra elas mesmas. Na literatura e/ou filosofia, as mulheres sempre são exteriorizadas como detentoras do poder, todos querem satisfazê-las, e a missão é entender que se você não a ama, ela te esquece, contudo, se amar demais, ela terá tédio de você. Em um dos atos de Hamlet, livro escrito por Shakespeare, o seu protagonista revela a maior desilusão quanto ao amor feminino. No momento em que Hamlet e Ofélia assistiam à peça, esta, referindo-se ao prólogo, disse: foi curto; Hamlet respondeu de maneira ácida: “Tal como o amor das mulheres”. Em outros momentos Hamlet aconselhou que Ofélia fosse ao convento, talvez para prevenir a possível maldição do amor feminino (ou talvez porque ele estava se fazendo de doido mesmo). Friedrich Nietzsche dizia que no amor e na vingança, a mulher é mais bárbara do que o homem. Dizem que a única paixão do Filósofo Bigodudo fugiu com um de seus melhores amigos, talvez isso tenha motivado a barbaridade de suas palavras. O personagem Don Juan aconselhava-nos a dar a mulher o que ela não tem. Tratar como princesa a mulher prostituta e como prostituta a patricinha: “assim você será inesquecível para cada uma delas”. Freud, ao estudar sobre a questão da histeria nas mulheres, percebeu que tal coisa (histeria) advinha de uma castração do desejo sexual feminino, alimentado por uma sociedade conservadora. Voltando a Sigmund Freud, acho importante ressaltar que as suas biografias nos dizem que o nosso psicanalista favorito era um romântico, que trocava cartas gigantescas com o seu amor: Martha – ‘’ oh minha princesa’’. Reli o que escrevi no último parágrafo e me senti como colunista de uma revista de fofoca. Calma, leitor, eu tomarei mais cuidado, é o amor que deixa a gente assim. Luiz Felipe Pondé escreveu um livro chamado ‘’ Guia Politicamente incorreto do sexo’’, no qual aludiu que o feminismo não entende a mulher, pois não existem direitos iguais na cama. A mulher quer mesmo é ser submissa. Sade é conhecido por ser um Filosofo libertino, e como todo libertino acredita que não há limites quando o assunto é sexo, neste, inclusive, tampouco há razão, o sexo é irracional. A mulher quer o homem selvagem e foge do educado. Uma amiga minha, certo dia, revelou-me um segredo: “Eu gosto de homens corajosos”. Nesse momento você vê aquele seu amigo colecionador de notas baixas, feio e entroncado, com aquela gatinha da sala. Você olha para si e se percebe solteiro e solitário, apesar de sua beleza facial e suas boas notas. A imagem que se tem é que a mulher gosta de homem que não presta, porém talvez elas gostem de quem tem coragem, então, logo você entende que a sua covardia é que te coloca como um perdedor. O homem que diz que mulher gosta de homem que não presta é movido pelo ressentimento. O ressentido brada contra aquilo que aponta o seu fracasso, tenta culpar a mulher pela sua própria covardia. Leitor, apesar das leituras que fiz e do meu “conhecimento de causa”, confesso-lhe que não entendo a mulher, e, se você for mulher, provavelmente também não deve se entender. É algo complexo que demanda por anos e anos de estudos e “foras”. Um amigo meu, ao desabafar para mim, disse que enquanto houver Matemática e mulher, a sua vida será um fracasso, pois nunca irá compreendê-las. Eu não podia fazer nada, senão concordar.

João Neto Pitta



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