quinta-feira, 23 de abril de 2015

Todos os jardins deviam ser fechados, com altos muros de um cinza muito pálido, onde uma fonte pudesse cantar sozinha entre o vermelho dos cravos. O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar vazio de quem por eles passa indiferente. _____________________________________ [Mario Quintana - A Cor do Invisível, 1989]

Doce Sonhos!!
Você quer enchê-lo de presentes, mas talvez ele não queira isso. Você quer amá-lo até à exaustão que deságua num sono-desmaio, mas talvez ele não queira isso. Você quer ensiná-lo a apreciar as noites de tempestade e, sobretudo, as manhãs limpas que vem depois, mas talvez ele não queira isso. Você quer apresentá-lo às pessoas certas profissionalmente, mas talvez ele não queira isso. Você quer levá-lo aos restaurantes mais gostosos da cidade, mas talvez ele não queira isso. Você quer assistir com ele os filmes definidores do cinema, mas talvez ele não queira isso. Você quer tecer um manto de mel e cera para agasalhá-lo, mas talvez ele não queira isso. Você quer passar as noites fazendo carinho no corpo dele enquanto protege seu sono aflito, mas talvez ele não queira isso. Você quer levá-lo de surpresa para conhecer a neve, mas talvez ele não queira isso. Você quer fazer massagem tântrica nele e inundar de vigor todos os seus chacras, mas talvez ele não queira isso. Você quer contar para ele sobre os livros mais profundos da mais alta literatura, mas talvez ele não queira isso. Você quer dar a ele pérolas e águas marinhas e gotas de gelo e todas as joias da terra e do céu, mas talvez ele não queira isso. Você quer se dar a ele, mas talvez ele não queira isso. Simples assim. Triste assim.



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