sábado, 7 de outubro de 2017

Minha alma tem pés descalços e olhos brilhantes infantis. Ela veste trapos imprestáveis, tem uma corda cingida à cintura e vive em busca de borboletas, versos e passarinhos. Alma, peço-te, agora: Leva-me junto de ti! Carrega-me em teus braços. És infinitamente maior do que sou. ______________________ Nara Rubia

O quão triste será o dia que eu te disser que saí com uma pessoa? Que permiti que ela me olhasse e segurasse em minha perna por sob a mesa. Que falei algo bonito pra que ele sorrisse e eu acabasse sorrindo de volta. O que será quando eu te disser que descobri um mundo fora do seu. E que mais que beijar outra pessoa, eu fechei os olhos. pensei no beijo enquanto ele acontecia. brinquei com o cabelo dele, Puxei sua cintura pra perto da minha, relaxei os músculos e o convidei para minha casa, minha fortaleza que só cabia você além de mim. E se eu te contar que tomei um vinho enquanto uma música tomava conta do ambiente e esse vinho me dava coragem e que coloquei uma luz tranquila pra que ele se sentisse tão a vontade quanto eu gostaria de me sentir. E no dia seguinte, ou na semana seguinte, quando eu e você nos encontrarmos decorrente da saudade que jamais deixaremos de sentir e do amor que jamais deixaremos de nutrir,  e você me perguntar como anda a vida e eu direi: surpreendente. Direi, pela sinceridade que sempre admiramos, que saí com alguém. Você, por último, cabisbaixo, vê que esse dia chegou. e não sabe me dizer o quão triste ele é. porque talvez ele sequer seja. Talvez nos submergimos nessa ilusão de que nos pertencemos e nos esquecemos que sempre fomos apenas de nós mesmos. Você se preocupa que eu encontre alguém apenas pela necessidade, mas eu te direi que estou fazendo o que  que se espera de uma mulher saudável: Me permitindo e deixando as janelas abertas para a entrada de possíveis borboletas em meu jardim...


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