Você pergunta à semente quais seus planos por querer garantias que te afastem deste medo besta do depois. Quais garantias, de fato, podemos ter na vida? As pessoas vivem se encontrando e se perdendo. As flores vivem colorindo e depois morrendo. Os laços vivem sendo feitos e depois rompendo. A vida assusta os desavisados assim mesmo, quando ela parece desse jeito, sem eira nem beira, do avesso, louca, pouca, muita, acolá das razões que nos afastam das alternâncias e que nos cercam na nossa ilusória zona de conforto. E quando passamos a saber que a vida é palco de muitas cores e incertezas que nos trazem o novo e a força, como as sementes que gritam amanhã qualquer da nossa colheita, aí podemos respirar macio e criar o bom e o melhor, trilhar o insuspeito, navegar pelo mistério, iluminar as nossas sombras e escolher qualquer caminho e qualquer sorriso que inevitavelmente acolherá o coração.
Guilherme Antunes.
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