Estava subindo a rua aqui de casa e fui tomada por mais um tema ao olhar para o céu e constatar que mais uma vez o tempo estava diferente. Sentindo a brisa correr e vendo as nuvens mudarem de posição no céu, percebi uma falha humana. Nós olhamos a vida de modo extremamente objetivo, quando na realidade o que está por trás das mudanças pode ser algo imperceptível. Como o deslocar das nuvens no céu, como o balançar das árvores e das flores são movidos pelo vento, nós somos movidos por fenômenos invisíveis que se fazem perceptíveis quando tocam o externo, tal como sucede com o vento. Somos movidos pelas emoções que sentimos e que quando expressas são notadas. Somos movidos pelo desejo, movidos pela busca de sentido, somos movidos pela vida, pela alma. E, frequentemente, esta clama por atenção ao expressar-se como um furacão, um turbilhão, um terremoto, uma tsunami de emoções, mas, quem sabe isto seja por que não notamos que o tempo estava mudando? Que não somos sempre da mesma maneira, que na realidade o tempo todo estamos, e que talvez essa seja a dinâmica da vida: uma parcela de homeostase para um turbilhão de emoções.
Bons ventos!
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