Ele
está ali, preenchendo espaços, completando a alma, quentinho e suave,
cheirando a rosas, dançando com a brisa do mar, assoviando com o vento
que traz a primavera, lindo como o verão que logo em seguida também
chegará. Tão sutil. Uma utopia eu diria, se não tivesse nome, olhos
castanhos e uma barba charmosa que me roça o rosto e me faz gargalhar
com a alma. Eu tento o definir, me aproximo com dois passos, ele me
escapa três. Eu o observo atenciosamente, ele me embaralha os olhos, só
pra fazer charme. Eu quero desvendar mistérios, ele tira um coelho da
cartola. Eu quase chego lá, ele me faz voltar ao início. Amor é isso:
não se capta, não se explica, não se enquadra, não se mede, não exige
definição alguma, tentar defini-lo é limitá-lo. Sendo assim, pouca coisa
sei sobre o amor, mas uma certeza que tenho é que o amor nada tem a ver
com limitações. O amor acontece. E só.
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