terça-feira, 11 de julho de 2017

Perdi a coerência, o jogo,o rebolado. Contei lorotas fascinantes. Investi em aventuras patéticas, brindei sem esperar o resultado. Apressada, fiz rima para amores incompletos. Faminta, engoli todas as promessas sem pensar no mal-estar do dia seguinte. Enfrentei as partidas sem nenhuma valentia e no último instante entendi que nem sempre o amor desce na nossa estação. __________________________ Ita Portugal

Ainda a pouco desaguei solidão em palavras. Perguntei porque continuo por anos a fio entre tentativas e uma distância expressiva do ideal e a realidade. Nesse instante reflito sobre todas as verdades que não enxerguei e a dificuldade que foi desencadeada pelos secretos que não consegui desvendar. É excepcionalmente difícil conservar conceitos otimistas e sem nenhum sofrimento quando prenunciamos um dia seguinte, nublado. Há trabalho ainda para ser feito e desabrochar é um deles, porém mesmo doendo, abrir as pétalas é um exercício poético e se não vivemos para ver esse rápido espetáculo, que vivamos pela possibilidade de seguir em frente. Vai ver, o universo comemora. Sempre esqueço que existe essa alternativa




Ita Portugal

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