domingo, 17 de julho de 2016

(...) A sensibilidade precisa de asas para não cair no esquecimento dos céus, ela nunca é culpa, muito menos frescura ou loucura, ela é só uma alma que, como se fosse fácil, quer abraçar outras almas que também vivam num mundo onde meias coloridas são legais e aceitas como são. _______________________ Frederico Elboni

(...) Vou dizer uma coisa para vocês. Precisa de muita coragem para ser frágil e sensível. Viver todos os dias escondida atrás dos muros que protegem os seus sentimentos é fácil, não tem risco nenhum. Afinal, quem nunca aposta nunca perde, não é mesmo? Quem nunca ama, nunca se magoa. Quem nunca mostra sua essência, nunca é julgado. Precisa de muita coragem para derrubar os muros e sair por aí sem proteção nenhuma, ou como você mesmo diz, para ser frágil como eu. Ser sensível dói muito. O tempo inteiro. Precisa de muita coragem para expor a pele ao fogo e estar sujeita a se machucar. E precisa de muito mais coragem para voltar a ser frágil depois de se queimar. Sim, a vida é dura comigo também. A diferença é que desde pequena eu fiz uma escolha: não deixar que as cicatrizes definissem quem eu sou, não deixar que as pancadas da vida ditassem meus próximos passos, não deixar que os machucados me impedissem de amar, não deixar que a frieza e a violência de uns me tornassem fria também. Continuo frágil, meiga, delicada. E sensível. Até demais. Sonho. Amo. Amo muito, até demais. E se doer, paciência. Sou forte o suficiente para amar de novo. Se os sonhos forem despedaçados, paciência. Sou persistente o suficiente para acreditar neles de novo. Sou corajosa o suficiente para me deixar quebrar em mil pedacinhos e me recompor outra vez. Sabe por que? Sou durona o suficiente para ser frágil.
 
Frederico Elbone

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