Ele diz que sou forte por me atrever a escrever com chuva e frio. Que sou perfeita em assumir, rasgar o verbo e os gestos num único olhar. (...) Que sou farta em sentir, em fluir, em avermelhar as mãos. Que sou leve e sou código, boneca de pano, que pareço não ter medo e vestir sonhos quando acordo. Que sou capaz de aquecer o mármore e transformar café em sorvete. Só ele pode dizer isso. Só ele sabe se é verdade ou não. Tenho pressa de viver e de sentir, sentimentos não pairam em paisagens, eu bem sei. Meus diálogos são de corpo também. Esta é a verdade sobre mim e não é um segredo. Todas as evidências de minha intensidade são públicas. O que me causa e quem atrai, é coisa de dentro. Respeitem.
Érica de Paula
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