quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

E o resto? E tudo aquilo que a gente mal consegue verbalizar de tão intenso? Desejos, impulsos, fantasias, emoções. Ora, meia dúzia de normas preestabelecidas não dão conta do recado. Impossível enquadrar o que lateja, o que arde, o que grita dentro de nós. - ______________________ Martha Medeiros .


De vez em quando sinto a mesma tristeza que o menino Zezé sentiu quando cortaram seu pé de laranja lima. Quando perco coisas cativadas no coração ou mesmo me sinto distanciado daquilo que tanto amo, então é como o pé de laranja lima de minha vida estivesse sendo cortado. Nenhuma saudade sequer se aproxima daquilo que se perdeu ou que distante está. Nenhuma esperança de novamente ter faz com que a tristeza e a lágrima se dissipem. Por isso mesmo procuro amar o máximo que eu possa amar. Por isso mesmo que preciso cuidar com o máximo de carinho e atenção daquilo  que temo um dia perder. Uma flor de jardim, um bilhete antigo, uma roupa velha, um retrato em preto e branco. Tudo isso faz doer quando de repente se perde. Imagine uma pessoa, um amor, um convívio, uma vida. Não. Não quero que cortem o meu pé de laranja lima.




Escritor Rangel Alves da Costa
blograngel-sertao.blogspot.com

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