O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve/ Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve
Mas só as que ele não têm
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão
Esse O poeta é um fingidor
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teveMas só as que ele não têm
E assim nas calhas de roda
Gira, a entrete a razão
Esse comboio de corda
Que se chama coração
Fernando Pessoa
Homenagem ao dia doPoeta
Fernando Pessoa
Homenagem ao dia doPoeta
20 de outubro de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário