sábado, 22 de abril de 2017

“Quando o beijo é uma pessoa, o gosto vira saudade”

Eu fico imaginando qual é o gosto que teu beijo tem. Se o beijo vem embriagado de cerveja, meio doce, meio intenso. Se é possível sentir o gosto do suspiro de saudade, de vontade, de desejo. Sentir o gosto do silêncio. Se o beijo tem gosto de música, de rima, de verso. Eu fico imaginando qual é o gosto que teu beijo tem. Se tem sabor de pão de queijo, menta ou sorvete. Se é tequila, limão ou café. Eu fico imaginando qual é o beijo que teu gosto tem. Se é de sotaque, de riso, de dança. Se é beijo de abraço, de mordida, de andança. Eu fico imaginando qual é o beijo que teu gosto tem. Se é de show, de violão. Ninando qualquer canção. Ou beijo d’aquela canção. Eu fico imaginando qual é o gosto que teu beijo tem. Se tem gosto de menino, de moleque. Arteiro, sorrateiro. Feliz. Se tem gosto de liberdade, de céu azul, de sal. De sol. Eu fico imaginando qual é o gosto que teu beijo tem. Se tem gosto de segredo, de histórias. Gosto de vida. Eu fico imaginando qual é o beijo que teu gosto tem. Se é beijo de fim de tarde, de pôr de sol. Se é beijo de chuva, de manhã, de preguiça. Se é um beijo tinto, de vinho. Da uva que quiser: Malbec, Pinot, Carménère. Eu fico imaginando qual é o gosto que teu beijo tem. Eu fico imaginando qual é o beijo que teu gosto tem. Eu fico gostando do beijo que só imaginei.


Mafê Porbst

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