Conjuga um verbo que conheças no presente do indicativo, soletra-o na segunda pessoa do singular ao meu ouvido, dá-me qualquer coisa que me pareça eterno. José Rui Teixeira |
Claro que se tem medo que alguém nos entre pelos olhos. Mas podes arder. Para a tua temperatura sou mercúrio, linhas de mão, lábio e sopro. Atravesso-te porque me atravessas e onde somos corsários rendemo-nos ao encanto da devolução. Tu e eu à porta de um lugar que vai fechar, tudo numa árvore. Aqui onde os minutos são a rua em que nos sentamos toda a tarde à espera do silêncio, onde o teu corpo pesa a medida exacta do meu desejo.Necessito diariamente da transfusão de uma enorme quantidade de calor. Tocas-me?
Vasco Gato, A paixão e prisão de Egon Schiele, 2005
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