segunda-feira, 30 de março de 2020

Quando você vem, é em mim que moras. Não temo partida alguma. _____________ Erica de Paula

fev/2020
E se não tivéssemos rompido? E se feridos, tivéssemos insistido? E se tivéssemos mudado de par? De lugar? E se, aquele AP fosse nosso? E se, fossemos com nossas malas para SP? E se, você tivesse me interrompido e beijado? E se, minha síndrome de Linda Mulher tivesse ganhado? E se, a limousine fosse um barco? E se, a lágrima fosse o mar? Se você pudesse ficar às quartas-feiras? E se, de branco, naquele parque, fotografássemos abraço, contato, corpo? E se, viajássemos interior, exterior, Paris? E se ao invés de Naldo, Nanna Caymmi? E se ao invés de jeans, vestido? E se ao invés de “Alô”, “Eu te amo”? E se ao invés de “Eu te amo”, “A Pegada Forte?” E se não tivesse mar, você me daria um? E se eu não fosse adulta, absoluta? E se eu só fosse você? E se tivéssemos a chance? E se eu tivesse um bebê? E se o jardim fosse meu? E se os meus olhos não fossem seus? E se você acostumado a ganhar, perdesse? E se, ao invés de volume, silêncio? E se entre nós, sem segredos? E se, ao invés de paredes, céu pra morar? E se eu não te deixasse partir, se eu te prendesse aqui, no meu peito? E se a idade, ao invés de números, corações? E se ao invés de fogueira, lareira? E se renunciássemos ao incêndio? E se nos construíssemos dia a dia? E se ao invés de vermelho, of White? E se tivéssemos a chance? E se ao invés de reincidentes, iniciantes? E se começássemos tudo de novo? E se ao invés de moderno, retrô? E se ao invés de pandeiros, violinos? E se ao invés de cerejas, pizza? E se o pra sempre fosse ali, na esquina? E se o sol acendesse às cinco da manhã? E se ao invés de telefonema, teus olhos? E se tivéssemos a chance?

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